“O paraguaio quer trabalhar” é a frase que mais se escuta quando se visita uma indústria brasileira instalada no Paraguai.
Aqui reside o segredo paraguaio para uma redução mais forte da pobreza do que nos países socialistas, como o Brasil.
No Paraguai, país formado por mais de 70% de população abaixo de 35 anos, a legislação trabalhista favorece o trabalho, e o ganho financeiro por parte dos empregados.
Tanto que é fácil encontrar nas indústrias brasileiras funcionários de chão de fábrica ganhando até R$ 1.300,00 mensais, valor mais alto do que se paga no Brasil, uma vez que ali se permite incentivar o ganho por produtividade.
Mesmo com um ganho mais alto, o custo do operário paraguaio é até 50% mais baixo do que em território brasileiro, uma vez que os custos trabalhistas no Paraguai são somente 30% acima do salário base, contra 110% do Brasil.
Da mesma forma, a produtividade de um operário paraguaio é, em média, de 20% a 30% maior do que no Brasil, sendo que as indústrias lá instaladas possuem uma rotatividade média de menos de 1% ao ano, quando no Brasil, é comum encontrarmos rotatividade acima de 30%, mesmo em regiões de alto desemprego.
Este fator vem fazendo com que as indústrias brasileiras instaladas no Paraguai cresçam rápido, fazendo com que multiplicam por até cinco o nível de emprego ao longo de três anos.