O agronegócio tem sido o grande propulsor da economia paraguaia na última década.
Uma mostra do desenvolvimento do setor é o crescente processamento das diferentes oleaginosas.
Em 2007, o país processou 1,5 milhões de toneladas de soja, quando em 1999, foram apenas 598.000 toneladas.
Um crescimento anual de 12,2%!
Com o recorde de produção na safra 2007/8, de 6,8 milhões de tonelada, o país tornou-se, naquele ano, no 4º maior exportador mundial de óleos e 5º maior exportador de farelo de soja.
Ainda há muito espaço
Mesmo com esta evolução impressionante, ainda há muito por fazer.
Nos dizeres do diretor geral da Cargill Paraguai, Sr. Fernando Acosta, “cabem mais quatro plantas iguais à da Cargill no Paraguai”.
O país tem capacidade de processar 1,8 milhões de toneladas de soja, mas a produção alcançou 7,8 milhões de toneladas em 2010, com tendência crescente.
Levando-se em conta o baixo custo da logística, há grandes oportunidades aos empresários brasileiros.
Como exemplo, 97% das exportações de soja e derivados são realizados pela Hidrovia Paraná-Paraguai, com um custo 75% menor do que por via terrestre.
Os produtos paraguaios são transportados pela hidrovia até os portos francos na Argentina (Rosário) e Montevidéu, no Uruguai, e dali transportados para todo o mundo.
Hidrovia Paraná-Paraguay
Esta logística tem permitido ao produtor paraguaio uma lucratividade em media 15% superior à dos produtores brasileiros, principalmente do Oeste do Paraná e centro-oeste do Brasil, que são obrigados a escoar sua produção pelas rodovias brasileiras, enfrentando os gargalos portuários já conhecidos em nosso país.
Girassol e Canola
No caso do girassol, a produção cresceu 143% de 2000 a 2007, alcançando 200.000 toneladas brutas, mas a industrialização aumentou 535% no mesmo período, com 49.836 toneladas.
Já a canola é um produto mais recente, iniciando sua produção em 1997, com apenas 500 toneladas, e chegando, em 2007, às 72.000 toneladas.
Seu processamento acompanhou esta evolução, sendo que também em 2007, o país produziu 15.350 toneladas do produto.
Alta capacidade ociosa
Mesmo com uma rápida evolução na industrialização dos diferentes produtos, ainda existe uma alta capacidade ociosa produtiva
Só nas três principais oleaginosas, é possível processar adicionalmente um milhão de toneladas/ano, ou 36% da capacidade total das indústrias.
O problema principal da subutilização não é a capacidade de produção de matéria prima, mas sim, a abertura de novos mercados, seguros.
Esta é uma das razões que levam os empresários paraguaios a procurarem novas parcerias, principalmente em relação ao Brasil, que possui abertura e acordo com os maiores mercados mundiais.