(http://blogs.estadao.com.br/clayton-netz/2010/07/20/o-grupo-gazin-vai-finca
r-um-pe-no-paraguai/comment-page-1/#comment-293).
Inicialmente serão investidos US$ 25 milhões em 40 lojas no território
paraguaio.
No Brasil, a GAZIN, possui 160 lojas, e com a instalação em território
paraguaio, pretende acelerar o objetivo de alcançar R$ 2,5 bilhões em
faturamento até 2014.
De acordo com o diretor-presidente do grupo, Mário Valério Gazin, o
dinamismo do varejo paraguaio faz com que o grupo tenha que entrar com a
operação completa, ou seja, fabricação e venda dos produtos.
A entrada da GAZIN é só mais um exemplo de como as empresas paranaenses
vêm descobrindo rapidamente as vantagens do Paraguai, país com crescimento
econômico médio de 7,2% anual entre 1990-2008, e PIB real de USD 45
bilhões para o final de 2010, de acordo a estimativas do INEESPAR.
Outros grupos paranaenses que confirmaram importantes investimentos este
ano foram a Pluma Transportes – US$ 350 milhões em nova empresa aérea
paraguaia-, Bourbon Hotéis – que operará o novo hotel 5 estrelas da
Conmebol-, e a gigante do setor avícola GLOBOAVES, que investirá nada
menos que US$ 70 milhões em um novo pólo avícola na fronteira com o
Brasil, em parceria com a central paraguaia UNICOOP, conjunto da oito
maiores cooperativas de produção dos brasiguaios no país vizinho.
Mas os números podem ser bem maiores, uma vez que vários empreendimentos
de menor volume são realizados sem muito alarde, segundo estudo do
INEESPAR.
As vantagens de produção no Paraguai são inigualáveis nas áreas tributária
e trabalhista.
Dois exemplos práticos.
• A carga tributária em solo guarani equivale a 8% do PIB.
• Um operário paraguaio trabalha, em média, 48 dias a mais por ano do
que um brasileiro, com uma carga social total de 35%, contra 105% do Brasil.
Mas as vantagens não param aí.
As famílias paraguaias já possuem uma qualidade de vida material
equivalente à brasileira, o que torna o mercado bastante atraente, sendo
que o custo de vida é, em média, 60% mais baixo do que no Brasil, o que
permite que as empresas estrangeiras possam desembolsar menos por
trabalhadores de mesmo nível técnico e executivos de alto nível.
O mercado vem crescendo em todas as direções.
Nos primeiros seis meses do ano, a importação de veículos chegou a 30.000
unidades, e deverá bater novo recorde até dezembro.
Para a Copa do Mundo 2010, as lojas de eletroeletrônicos venderam 240.000
televisores de LCD e Plasma, ou o equivalente a 16% do total de
residências no país.
E o mercado imobiliário mostrou sua força com crescimento de 18% nas
construções no I trimestre.
Mas ainda há muito a explorar, ou quase tudo.
As construtoras vêm erguendo 10.000 metros quadrados de edifícios
corporativos, novo boom do setor de imóveis.
Entretanto, a demanda insatisfeita é de 100.000 metros quadrados.
E a reurbanização de Asunción e sua Área Metropolitana, através da
execução de três novos projetos – Avenida Beira Rio, Novo Sistema de
Transporte Público e Revitalização do casco histórico-, já demanda mais de
US$ 500 milhões em novos investimentos públicos nos próximos anos, abrindo
infinitas possibilidades aos empreendedores brasileiros.
A redução da pobreza em 50% nos últimos anos é uma confirmação do avanço
do poder aquisitivo local, que deve ser melhor aproveitado por nossos
empresários.
Só o inicio
Estes investimentos são somente o inicio, pois boas novas correm rápido,
de boca em boca, de acordo com Wagner Enis Weber, quem coordena o projeto
BRASPAR, apoiado por Itaipu Binacional, e que visa à integração econômica
Brasil-Paraguai através do estado do Paraná.
Nos próximos dois meses teremos muitas outras novidades, explica Weber,
quem destaca que entre agosto-setembro teremos, além de cinco eventos
empresariais binacionais, a instalação de um escritório comercial de
confeccionistas paraguaios no município de Cianorte, e o inicio do projeto
de transformação de Foz do Iguaçu em centro de importação e distribuição
da industria paraguaia, abrindo excelentes oportunidades de diversificação
de negócios na capital mundial da energia elétrica.