Importação sobe 30% e chega a 76.000 unidades em 2010.
O crescimento das vendas deve-se à melhoria da renda, calculada em 20% pelo INEESPAR, em um ano em que a economia paraguaia cresceu 11%.
A facilidade de parcelamento é outro fator que ajuda, pois o comprador pode financiar a compra em até 60 meses.
Venda de novos cresce 65%, e a GM domina o mercado
A maior expansão neste ano deve-se ao crescimento da venda de veículos novos em 65%, e que devem chegar a 23.000 unidades importadas até 31 de dezembro.
Até 30 de novembro, o total importado já havia alcançado 20.421 unidades, novo recorde para a década, de acordo com a CADAM, equivalente paraguaio da FENABRAVE.
Neste mercado, a marca líder é a General Motors do Brasil, com 16% do mercado paraguaio, seguido pela KIA, com 14%.
A indústria automotiva brasileira aumentou em 133% as vendas até novembro, alcançando USD 188 milhões.
Importação de veículos novos, 2005-2010
Importante: Para 2010, dados até 30 de novembro.
Fonte: CADAM (WWW.cadam.com.py) e Dirección Nacional de Aduanas (www.aduana.gov.py).
Usados mantém preferência
Entretanto, os veículos usados continuam mantendo uma folgada preferência, com 65% do mercado local.
O diferencial é que, enquanto um automóvel novo custa em média USD 15.000,00 (preço FOB), uma camionete ou veículo usado, geralmente 4×4, sai por cerca de USD 5.000,00, em média.
Até novembro, o país havia importado 47.000 unidades usadas, 18% a mais do que em 2009.
O total importado, entre novos e usados, deve superar os USD 500 milhões, sendo USD 345 milhões em veículos novos.
Recente proposta do Congresso paraguaio propõe limitar a antiguidade da importação a 5 anos de uso, sendo que na atualidade, a legislação permite a importação de veículos com até 10 anos da data de fabricação.
A redução do tempo de vida útil dos importados usados ajudará a aumentar a venda dos veículos novos, especialmente das marcas chinesas e indianas, que chegam ao mercado a um valor mais competitivo do que os provenientes do MERCOSUL.
Com o crescimento da importação dos novos, também aumentará a arrecadação tributaria, uma vez que o valor médio do novo é o triplo do usado.
Mas tão importante quanto o aumento da arrecadação tributária é a possibilidade de o país receber uma montadora de veículos, uma vez que o mercado paraguaio por si só já seria atraente, com a venda de 50.000 novos ao ano.
Se o Paraguai tomar o exemplo do uruguaio, que possui um acordo de complementação automotiva com o Brasil, as possibilidades de o país receber uma montadora asiática crescem exponencialmente, uma vez que o mercado brasileiro já é um dos quatro maiores do mundo, e prioridade para fabricantes com a Renault, Toyota e Honda.