[vc_row][vc_column][vc_column_text]A principal revista de economia da América Latina, com edições em espanhol , português e inglês, destaca o Paraguay como “Oásis da Indústria”, através de reportagem e dados do BRASPAR. Acompanhe o conteúdo.
Imagine um lugar onde os custos de produção são essencialmente baixos, com um ambiente regulatório de caráter pragmático. Adicione a esta receita as menores cargas tributárias e tarifas de energia elétrica da América do Sul. Reserve em um recipiente raro os seguintes ingredientes: farta mão de obra, um sistema tributário simples e claro, reduzido custo salarial, mecanismos facilitadores para a obtenção de licenças e registros. Sim, estamos falando de um muito bem localizado país vizinho que está próximo aos principais parques industriais e mercados de consumo brasileiros, o que propicia também a conveniência da diminuição do tempo e dos encargos com o transporte. O competitivo e mediterrâneo Paraguai ocupa a 106ª posição entre os países que apresentam maior facilidade para fazer negócios em escala mundial, à frente da Argentina, 116ª colocada, e do Brasil, que aparece em 123º lugar, segundo o ranking de classificação das economias divulgado pelo Banco Mundial em 2016.
O saldo de comércio com o Paraguai foi de US$ 3,5 bilhões no ano passado, o que representa o quinto maior destino de exportações do Brasil e, considerando os resultados regionais, ele passa a ser o primeiro destino das regiões Centro-Oeste e Sul de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre os anos de 2005 e 2014 houve um crescimento nas exportações das indústrias brasileiras de pouco mais de 41%, porém, quando se considera as companhias que investiram no exterior, a ordem de incremento em exportações atingiu 94%. “É praticamente o dobro da média da indústria. Esse fenômeno ocorre porque boa parte do comércio internacional em geral é intrafirma, ou seja, uma subsidiária e uma matriz importando e exportando da outra unidade do mesmo grupo empresarial, sendo este um padrão mundial que se repete no Brasil e em nossas relações com o Paraguai. Podemos dizer que, em linhas gerais, o resultado do investimento brasileiro no exterior é bastante positivo”, diz Diego Bonomo, gerente-executivo de comércio exterior da CNI.
Uma das principais estratégias do governo paraguaio para a captação de investimentos está vinculada à implantação da Lei de Maquila, em vigor desde 1997, e que consiste no pagamento de 1% de tributo pelas companhias brasileiras que se instalam em território paraguaio com a finalidade de exportarem 100% de sua produção. O programa não consiste em novidade, mas entrou em evidência chamando a atenção dos investimentos brasileiros, principalmente quando a economia nacional começou a demonstrar sinais de cansaço há cerca de três anos. Segundo informações da Presidência da República do Paraguai, as empresas maquiladoras exportaram em 2016 mais de US$ 313 milhões, registrando um incremento de 10% em relação ao ano anterior, quando o montante superou US$ 284 milhões. Estes dados têm relação com companhias de diversas nacionalidades e atualmente 126 indústrias de exportação trabalham sob o regime de Maquila, empregando diretamente 11.259 paraguaios. Entre as principais categorias de produtos exportados em dezembro de 2016 estão as de autopeças (45,3%), têxtil (18,6%) e plásticos (13,1%).
O baixo custo da energia elétrica, que chega a ser 70% menor que a brasileira, a mão de obra que equivale à metade das despesas em nosso país e o acesso a alguns benefícios de mercado que o Brasil não desfruta são fatores que aumentam o poder de atratividade para o investidor nacional. “Nosso país tinha acesso preferencial aos mercados da União Europeia, mas acabou perdendo, enquanto que o Paraguai continua usufruindo dessa vantagem. Portanto, as empresas brasileiras que investem naquele país conseguem acessar o mercado europeu com os benefícios que elas não teriam se exportassem diretamente do Brasil”, conta Bonomo.
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