O crescimento é comparado a junho de 2009.
Os bancos detinham 72% do mercado ao finalizar o semestre, sendo que as cooperativas de crédito, 22%, e as financeiras, 6% do total.
O setor mais beneficiado continua sendo o agrícola, com 18% do total da carteira, seguindo-se crédito ao consumo e o comércio.
Baixa inadimplência
Uma característica que se acentuou nos últimos anos é a combinação de alto crescimento dos empréstimos com uma baixa taxa de inadimplência do setor, situada em somente 1,69% em junho de 2010.
O que comprova a saúde do sistema financeiro, através do rápido crescimento econômico do país, que desde 2003 retomou os níveis do período 1973-1998.
Excesso de liquidez, queda nas taxas de juros
Apesar do aumento agressivo nas colocações, ainda existe um excesso de liquidez no sistema, uma vez que a taxa de colocação é somente 87%.
Como o governo paga uma taxa de juros baixa por seus títulos – 3,6% anual-, o sistema prefere emprestar o dinheiro ao público privado.
Com isso, as taxas de juros ativas caíram a 10% anual, em moeda local, para empréstimos ao desenvolvimento – novos projetos e ampliações- , sendo que as taxas mais altas são dos créditos via cartões de crédito,onde, em média, cobra-se 41% ao ano.
Preferência pelo guarani
Outra característica que vem se acentuando desde 2002 é a preferência pelo público por depósitos em moeda local, o guarani, em lugar do dólar.
Considerando os três setores – bancário, cooperativas e financeiras-, os depósitos em moeda local acumulam 64% do sistema, sendo que o total em dólares estava em USD 3,2 bilhões.
Lucro recorde
Mesmo com a queda dos juros, o lucro dos bancos foi recorde para o I semestre, com USD 106 milhões, e deverá ultrapassar a marca dos USD 240 milhões para o final do ano.