Paraguai um Milagre Americano

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Você deve estar se perguntando.

Por que o Paraguai é um Milagre Americano?

Porque mesmo com todas as adversidades, sem mar, sem minerais de importância, sem uma grande população, o Paraguai é o país com maior taxa de crescimento econômico da América Latina desde 1973, com uma média de 6,7% anual, saindo da situação de um dos mais pobres e atrasados da América Latina, a um dos de maior renda per capita, menor taxa de pobreza extrema e total (Banco Mundial), maior expectativa de vida (Cia World Factbook), maior nível de escolaridade (Banco Interamericano de Desenvolvimento), menor desigualdade (Banco Mundial), e melhor infraestrutura.

Falando em infraestrutura, aqui o investidor encontra uma malha viária com 23% de rodovias asfaltadas sobre o total de rodovias existentes, quase a mesma taxa do Chile (25%) e quase o dobro do Brasil (13%). Ou seja, você anda por todo o país em vias asfaltadas de boa conservação.

Temos dois aeroportos internacionais em operação com pistas de mais de 3.450 metros (Asunción e Cidade do Leste), portanto, maiores do que o de Viracopos em Campinas (maior aeroporto de cargas do Brasil).

Contamos com mais de 40 portos sobre os rios Paraná e Paraguai, que transportam quase 20 milhões de toneladas/ano de produtos, entre importação e exportação, através da 3ª maior frota de barcaças fluviais do mundo (atrás de EUA e China), reduzindo em até 60% o custo do transporte em relação ao interior do Brasil. Em comunicações, 98% dos lares paraguaios contam com telefonia celular, a maioria 3G e 4G, e o Paraguai é, de acordo com o importante diário espanhol El País, o de maior penetração de mídia eletrônica da América Latina, ou seja, onde mais se usa internet no Continente.

Nossa dívida pública é somente 11% do PIB, e a Carga Tributária, 7,5%, a 5ª mais baixa do mundo. Somos o 4º maior exportador de grãos, 6º maior de carne bovina, o 4º maior em energia elétrica do mundo. E temos uma das maiores taxas de crescimento industrial e de construção a nível global, com mais de 8% anual.

Nosso consumo de energia elétrica cresce 9,5% ao ano desde 1992, e hoje consumimos, per capita, mais eletricidade do que o Brasil. Nossas reservas internacionais cobrem 150% da dívida pública externa, e o Guarani, moeda local, acaba de completar 74 anos de existência, sendo uma das mais antigas em circulação do mundo.

E temos um dos povos mais trabalhadores de todos, população esta que conta com 20% de estrangeiros de 1ª e 2ª gerações, incluindo brasileiros, alemães, ucranianos, japoneses e pessoas de todo o mundo, que junto aos habitantes locais, fazem daqui a sua América.

Por isso, o convidamos para fazer parte desta comunidade de empreendedores e trabalhadores.
Paraguai – Um Milagre Americano, e terra de oportunidades.

1º de Março de 1870.
Morre o presidente paraguaio Solano López, e acaba a Guerra do Paraguai. O país, antes o mais desenvolvido da América do Sul, encontra-se em ruínas, com metade da população aniquilada, e 97% dos homens adultos, mortos.

O historiador e oficial alemão Max von Versen, quem acompanhou a guerra como observador dos dois lados, descreve a situação em seu livro “A História da Guerra do Paraguai”, em 1871, publicado na Alemanha. “Este país, completamente destruído, jamais terá capacidade de reerguer-se.

Não há dúvidas de que este país, tão débil em número de habitantes e sem condições de auto governar-se, terá melhor sorte incorporando-se ao Império do Brasil, uma vez que, pelo menos, sua dívida de guerra estará saldada”.

O Paraguai não se incorporou ao Brasil.

Sessenta anos depois, outra Guerra desafia os paraguaios. A Bolívia, em 1932, com uma população e forças armadas três vezes superior, e armamentos modernos, financiados pelos EUA, invade o Paraguai, com suas tropas já próximas de Asunción.

Os paraguaios se reorganizam, formando oficiais a cada três meses, e recrutando todos os homens disponíveis. Mesmos sem contar com um exército regular, milhares se alistam, inclusive os que residiam no exterior, e a guerra termina em 1935, a 200 km de Santa Cruz de la Sierra, território boliviano.

O Paraguai vence uma guerra quase impossível de ser vencida. Chaga o ano de 1972, e o país é o mais pobre da América do Sul, cum uma renda per capita equivalente a 61% da brasileira, e 15% da argentina e uruguaia.

Em 1973, é assinado o Tratado de Itaipu, e as obras começam em 1975. Durante a construção da usina, de 1975 a 1983, o país cresce a uma taxa anual de 11,5%.

Em 1984, enquanto os demais países latino-americanos enfrentavam as dificuldades da crise da dívida externa e a hiperinflação, os paraguaios desfrutavam de grandes reservas internacionais, sem dívidas, e com total abertura comercial e uma agressiva reforma agrária.

Sua agricultura avançava rapidamente, com a grande plantação e exportação de algodão pelos campesinos paraguaios, e o início da produção de grãos pelos imigrantes brasileiros. Ao mesmo tempo, Itaipu começava a produzir energia, e o país começava a receber os royalties e compensações pela venda ao Brasil.

Simultaneamente, os brasileiros começam a invadir o Paraguai, em busca de uma solução à crise que assolava o país, e se inicia o comércio de triangulação, através do qual milhões de brasileiros sobreviveram durante quase duas décadas.

Todos estes fatores permitiram que o país crescesse a uma taxa de 7,2% na década de 1980, enquanto as demais nações latino-americanas se estagnavam economicamente. No fim da década, o país libera o câmbio, conseguindo, com isso, preservar o valor da moeda.

É o primeiro país da América do Sul a fazê-lo. Chega a década de 1990, e com ela, o MERCOSUL. A Nação começa a industrializar-se e a diversificar sua pauta exportadora através da crescente exportação de soja e algodão ao e aumento da produção e venda de energia elétrica ao mercado brasileiro.

O comércio de triangulação, ou de sacoleiros, chega ao auge entre 1995 e 1998. Ao fim da década, novamente um crescimento anual de 6,7%.

No início do novo século, o Paraguai, assim como os demais países latino-americanos, aproveita o crescimento e a necessidade crescente da China e seu mercado interno, com aumento da produção e dos preços internacionais das commodities minerais e agrícolas.

Diversifica-se ainda mais a indústria, através de sua diversificação, e o país passa a ser um dos maiores exportadores mundiais de grãos, carne e energia elétrica, desenvolvendo o comércio interno e a construção. Ao final do ano 2000, novamente um crescimento médio aproximado de 6% anual.

Chega à segunda década do século XXI, e com ela, a consolidação do modelo de integração econômica com seus maiores vizinhos e o aumento exponencial das exportações industriais puxadas pelo maior processamento de grãos e carnes e principalmente, pelo desenvolvimento das indústrias exportadoras pela Lei Maquila de Investimentos, pela qual o exportador pode importar bens de capital e insumos sem impostos, e pagando, na exportação, somente 1% sobre o valor fatura exportação.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column css_animation=”bounceInRight” width=”1/6″ css=”.vc_custom_1499020184745{background-color: #ededde !important;}”][vc_single_image image=”2098″ img_size=”full” css_animation=”fadeIn”][vc_column_text]

Wagner Enis Weber


É Diretor Presidente do Centro Empresarial Brasil-Paraguai (Braspar).

É autor de quatro livros sobre as relações comerciais entre os dois países – conta que em 1982 o Brasil adotou políticas restritivas de importação e emprestou dinheiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) para amenizar a crise econômica.

O Paraguai, ao contrário, não contraiu dívida externa e manteve sua economia equilibrada.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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